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Golpe do PIX 2025 - Passo a Passo para Recuperar seu Dinheiro

Caiu no golpe do PIX? Saiba como agir rápido e aumentar suas chances de recuperar seu dinheiro com este guia completo e atualizado em 2025.



O número de crimes digitais praticados no Brasil em 2024 cresceu 45% em relação ao ano anterior, somando cerca de 5 milhões de fraudes praticadas, esse números corresponde apenas aos golpes registrados no Banco Central, conforme relatório da associação de defesa de dados pessoais.


Entretanto, segundo dados fornecidos pelo Banco Central apenas 31% dos pedidos relacionados ao MED (mecanismo especial de devolução) foram aprovados, isso nos mostra que aproximadamente de 70% (setenta por cento) dos consumidores que relataram ter sofrido golpe do pix não conseguiram sequer dar prosseguimento ao pedido de ressarcimento através do MED.


O MED foi criado pelo Banco Central para agilizar o ressarcimento dos consumidores em casos de fraudes no pix, ocorre que grande parte da população desconhece o passo a passo do que deve ser feito em caso de fraude.


Quando você é vítima de um Golpe do Pix, agir rapidamente aumenta suas chances de recuperar o dinheiro e responsabilizar os envolvidos. Aqui está um guia objetivo com os principais passos que você pode seguir.


Essa é a metodologia que sigo em meu escritório de advocacia, sendo fruto de longos anos de acertos e erros, criado a partir da prática diária, e identifiquei quais as melhores práticas para lidarmos com Golpes do Pix. Seguir os passos abaixo pode tornar recuperação do prejuízo mais rápida.


Fica esperto e não esquece de guardar todas as provas, você deve salvar os números que te ligaram, com data e hora das ligações, os prints das conversas de WhatsApp, salvar os e-mails, eventuais números de protocolo que tenham lhe passado, extratos, comprovantes de transferências, dados da conta destinatária, enfim, tudo que for relacionado ao golpe.



1. Contate o SAC do seu banco


O primeiro passo é entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do seu banco. Informe o ocorrido, fornecendo todos os detalhes, como data, horário, valor transferido e chave PIX utilizada. Peça um protocolo de atendimento e registre todas as interações para futuras contestações.


Comunique detalhes específicos, incluindo data, hora e valor, pedindo imediatamente o bloqueio da conta para evitar um prejuízo ainda maior. Nesse contato é importante solicitar o MED (mecanismo especial de devolução) que é o conjunto de regras e procedimentos operacionais que as instituições financeiras participantes do sistema pix utilizam para efetivar devolução do pix em casos de fraudes.


Você tem até 80 (oitenta) dias contados da data da realização do pix para iniciar o processo do MED. Após esse prazo só haverá chances de recuperar prejuízo através de ação judicial.


O caso é analisado em até 07 (sete) dias. Se concluírem que não foi fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados. Se for fraude, em até 96 (noventa e seis horas) horas você receberá o dinheiro de volta, integral ou parcialmente.


2. Reclame no Reclame Aqui


O site reclameaqui.com.br é uma ferramenta importante para pressionar os bancos a darem uma resposta mais rápida. Relate o golpe sofrido e exija uma providência. Muitas instituições financeiras dão prioridade a esses registros devido à visibilidade que eles têm. A reclamação pode ser registrada logo após registro do passo n.º 01.


3. Faça um Boletim de Ocorrência Online


Acesse o site da Secretaria de Segurança Pública do seu estado e registre um boletim de ocorrência online, você poderá pesquisar no google através do termo “boletim de ocorrência online”. Informe todos os dados do golpe, incluindo prints de conversas e comprovantes da transação. Esse documento é essencial para futuras medidas judiciais.


Após o registro do boletim de ocorrência, um policial da Delegacia Eletrônica irá analisar o fato. O policial entrará em contato com a vítima, através de telefone ou e-mail, para validar os dados, pedir mais informações sobre o ocorrido ou até mesmo solicitando que você compareça presencialmente à Delegacia de Polícia. Esse passo poderá ser realizado após os passos anteriores.


Temos artigo explicando passo a passo de como registrar boletim de ocorrência, inclusive com links das delegacias virtuais e modelo para ser utilizado.



4. Reclame no consumidor.gov.br (contra seu banco)


Após se passar os 07 (sete) dias do protocolo do MED e não obtiver sucesso, você usará os meios de fiscalização do governo, primeiramente a plataforma consumidor.gov.br e em seguida ouvidoria do Banco Central.


O consumidor.gov.br é uma plataforma oficial do governo que permite interações diretas entre consumidores e empresas. Registre sua reclamação contra o banco, exigindo que ele adote medidas de segurança e busque solucionar o caso. A resposta do banco te trará provas que serão úteis nas próximas fases.


Lembre-se que os prazos devem ser respeitados pois os bancos podem utilizar reclamações concomitantes como desculpa para dar baixa na reclamação inicial, te deixando no prejuízo. Nessa fase o banco terá 10 (dez dias) úteis para responder sua solicitação.


5. Reclame no consumidor.gov.br (contra o banco do golpista)


Além de reclamar contra seu próprio banco, também é importante registrar uma reclamação no consumidor.gov.br contra o banco do golpista, relatando a fraude e exigindo providências como o bloqueio da conta.


Esse passo poderá ser realizado ao mesmo tempo do passo anterior. Se ocorreram transações para diversos destinatários e bancos, deverá ser feita uma reclamação para cada destino/beneficiário.


6. Notifique extrajudicialmente o banco do golpista


Envie uma notificação extrajudicial via correios (com aviso de recebimento) ao banco do golpista, solicitando informações sobre a conta utilizada no golpe e cobrando uma solução. Esse documento pode ser usado como prova em uma eventual ação judicial.


A notificação deverá ser escrita conforme respostas obtidas nos passos anteriores, e o prazo para envio da notificão deverá ser apenas após o esgotamento dos 10 (dez dias) úteis dos passos 04 e 05.


7. Notifique extrajudicialmente seu banco


Da mesma forma, notifique extrajudicialmente seu próprio banco, cobrando a adoção de medidas para minimizar os danos e prevenir novos golpes. Mencione a responsabilidade da instituição na segurança das transações.


8. Reclame no Banco Central (contra seu banco)


O Banco Central regula as instituições financeiras e é o orgão competente para receber as reclamações de consumidores sobre as relações bancárias. Registre uma queixa contra seu banco para pressioná-lo a oferecer solução para o problema.


A notificação deverá ser escrita conforme respostas obtidas nos passos anteriores, e o prazo deverá ser apenas após esgotamento dos 10 (dez dias) úteis dos passos 04 e 05.


9. Reclame no Banco Central (contra o banco do golpista)


Por fim, também registre uma reclamação no Banco Central contra o banco do golpista. Isso ajuda a coibir fraudes e a exigir que a instituição tome providências para evitar novas ocorrências e agilizar recuperação dos prejuízos.


A notificação deverá ser escrita conforme respostas obtidas nos passos anteriores, e o prazo deverá ser apenas esgotamento dos 10 (dez dias) dos passos 04 e 05.


Dicas Extras


  • Pela minha experiência, quando os golpes somam valores acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) os bancos criam todas as estratégias possíveis e imagináveis para excluir sua responsabilidade em restituir os prejuízos, portanto recomendo buscar ajuda profissional especializada.


  • Quando os bancos são responsáveis pela restituição dos prejuízos? Quando há falhas na segurança ou demora na implementação dos mecanismos de segurança, como assim? Por exemplo, caso você solicite o MED e o banco da vítima demore a implementar o pedido de bloqueio cautelar do dinheiro na conta do golpista, ou quando os bancos não fiscalizam as "contas fantasmas" que são utilizadas pelos golpistas, ou mesmo quando há fluxo de valores acima uso normal do cleinte e o banco não toma providências para assegurar a regularidade das transações financeiras.


  • Guarde todas as provas do golpe: números de telefone, prints de tela, e-mails, protocolos, extratos, comprovantes de transferências bancárias, dados da conta do golpista.


  • Não perca tempo: quanto mais rápido agir, maiores suas chances de recuperar o dinheiro.


  • Desconfie de ofertas e mensagens suspeitas: a prevenção é sempre o melhor remédio.


Compartilhe este guia com seus amigos e familiares para que eles também saibam como se proteger do golpe do PIX!


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